sábado, 21 de maio de 2016

Sábios conselhos... Fragmentos diários


Amor a ordem e a pontualidade


Deus confiou à mulher um encargo duplamente importante: santificar a família por sua vida e trabalhos, e dar aos filhos primeira educação. Cumpra ela, conscienciosamente, esse dever, e grande cópia de graças fará fluir sobre a humanidade. Para torná-la apta à sua missão, comunicou-lhe o Criador, a par de outros dons, o amor à ordem e a atenção às coisas pequenas. Exercitar retamente este amor à ordem é, portanto, um dever que Deus exigirá, principalmente dela.

A ordem agrada, agrada, principalmente, a Deus, Deus ama a ordem, porque Ele mesmo é ordem, a mais maravilhosa e a mais amável harmonia. Unem-se nEle as três Pessoas, numa perfeita unidade de substância; nEle estão todos os atributos em perfeita consonância entre si - a justiça com a misericórdia, a onipotência com a bondade, a majestade com a assombrosa singeleza de Seu amor; todos os Seus atributos infinitos forma a unidade absolutamente perfeita do Seu Ser, numa ordem e harmonia inconcebíveis. Não há nEle a menor sombra de desordem ou dissonância.

Assim como Deus ama a ordem, também tu deves ter sempre em vista um método em tua vida e nos teus trabalhos, seguindo assim a admoestação do Apóstolo dos gentios: "Faça-se tudo decentemente e com ordem". (I Cor. 14,40). A ordem agrada também aos homens.

Sucederá, precisamente, o contrário se faltares em tudo á pontualidade e não guardares a ordem em teus trabalhos. Sobrevir-te-ão reclamações sobre reclamações e ninguém ousará confiar-te coisa alguma de importância. A ordem também é útil e saudável. Sem o amor à ordem não existe verdadeira e sólida virtude. Com efeito: que é a virtude? Em sentido estrito, é o desembaraço, adquirido pelo exercício no querer e fazer o bem. Basta ter em vista definição para reconhecer que a verdadeira virtude não tolera a desordem para que a vida de virtudes produza em ti frutos preciosos, necessitas da presença da graça, comunicada por meio da oração e dos santos Sacramentos. Se procederes segundo a tua vontade e capricho, serás como a pobre flor, que o jardineiro desleixado rega, tão desordenadamente. 

(Donzela Cristã - Padre Matias de Bramscheid, 1935 p. 73)


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