domingo, 22 de maio de 2016

Sábios conselhos... Fragmentos diários

A mortificação 




É uma arma poderosíssima e é necessário utiliza-la com frequência, Os espinhos que dependem nosso lírio serão a mortificação, o sacrifício e a renúncia. "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo tome sua cruz e siga-me" (Mat., 16-24), disse Jesus.Para agradar ao Senhor portanto e triunfar sobre as paixões próprias, é absolutamente necessário dispor a vontade à mortificação ou castigos dos sentidos que queiram rebelar-se contra o  poder do espirito.

" É impossível - dizia Lacordaire - que um jovem possa recuperar sua inocência e conserva-la por muito tempo, se não corrigir severamente o culpado, se não conservar a soberania do espírito sobre a matéria mediante frequentes atos de abnegação.

Em consequência, devemos saber impor a nós mesmos de quando em quando uma pequena mortificação, especialmente, quando a sensualidade conseguiu alguma vitória, saber abraçar e sobrelevar os mil pequenos sacrifícios que a mesma vida apresenta todos os dias. Assim nos fortaleceremos. Quantas ocasiões de mortificar o amor próprio, de refrear a ambição, a língua, a curiosidade, as comodidades, entramos diariamente! São outras tantas florezinhas que a Jovem de boa vontade sabe recolher a cada instante, pode-se dizer, para oferecer um virtuoso ramalhete.

Procurar-se á receber humildemente uma repreensão, de responder com doçura quem lhe fala com insolência, de reprimir uma palavra ofensiva ou de calar ante uma acusação injusta, de madrugar pela manhã, de abster-se de comer um doce, um pouco de fruta fora da refeição ou de suportar sem queixas a sede, o frio, o calor.

Não se cansa, não, a jovem prudente no seu caminho coberto de renuncias e de sacrifícios porque não há prazer semelhante ao que se experimenta quando triunfamos sobre nós mesmos. É a mortificação uma fonte de virtude, de fervor e alegria espiritual. Ah! se todos conhecessem esse segredo! Conseguiram os sentidos levar vantagem? Castiga-lo-emos com alguma penitencia; por  pequena que seja, produzirá bom efeito. Renunciar a uma diversão, recolher a vista por instantes, não recortar-se ao sentar...

São pequenas mortificações que levantarão uma fortaleza segura ao redor do lírio da pureza Recomenda-se de modo particular a mortificação dos olhos, quantas vezes por essa janela penetra na alma à morte. Saibamos reprimir nossa curiosidade. Um dia perguntaram a um Santo porque não olhava no rosto da pessoa com quem falava, ele respondeu:  


"Falo com a língua e não com os olhos..." Uma replica muito sábia, aliada à simplicidade.

(Por Gisele Maria, trechos do livro Sê Pura 4° Edição)

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